LGPD: Entenda Os Direitos Dos Titulares De Dados

LGPD


Na LGPD: Lei Geral de Proteção de Dados,que entrou em vigor em agosto de 2020, os direitos dos titulares de dados são fundamentais. A LGPD foi criada para proteger os dados pessoais das pessoas, garantindo que as informações pessoais não sejam coletadas, usadas, armazenadas ou divulgadas de forma ilegal ou inadequada.
A LGPD foi desenvolvida com base nas melhores práticas internacionais de proteção de dados pessoais, especificamente na diretiva europeia General Data Protection Regulation (GDPR). Como sua antecessora, a GDPR, a LGPD fornece uma série de direitos aos titulares de dados, que devem ser respeitados pelos controladores de dados.
Nós da Expert LGPD, discutiremos o que é a LGPD, os direitos dos titulares de dados, a responsabilidade do controlador de dados e as penalidades impostas em caso de violação. Também discutiremos as semelhanças entre a LGPD e a GDPR, a transferência de dados internacionais e a retenção de dados. Além disso, exploraremos o que é compliance e como as empresas estão se preparando para a LGPD.
O objetivo deste artigo é fornecer uma compreensão clara dos direitos dos titulares de dados na LGPD e das responsabilidades dos controladores de dados. Ao final deste artigo, você terá uma visão completa de tudo o que precisa saber sobre a proteção de dados na LGPD.


LGPD: O que são direitos dos titulares de dados?


A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece os direitos dos titulares de dados e a responsabilidade dos controladores de dados para garantir a proteção de informações pessoais. Estes direitos garantem que os titulares tenham acesso às suas informações e possam tomar decisões sobre elas.


LGPD e o direito a informação:


O primeiro direito dos titulares de dados é o direito à informação. Os controladores de dados devem fornecer informações claras e precisas sobre como os dados pessoais são coletados, tratados, armazenados e usados. As informações devem ser apresentadas de forma acessível, objetiva e clara, em linguagem acessível ao titular.


LGPD e o direito de confirmação:


O titular de dados tem o direito de confirmar se os seus dados estão sendo tratados ou não, bem como quais informações estão sendo usadas. Os controladores de dados devem fornecer às pessoas acesso às informações de que dispõem sobre elas.


LGPD e o direito de acesso:


Os titulares de dados têm o direito de acessar as informações que os controladores de dados têm sobre eles. O titular pode solicitar que sejam fornecidas cópias destas informações para que possa usá-las como quiser.


Direito de retificação:


O direito de retificação garante aos titulares de dados o direito de corrigir informações erradas ou incompletas sobre si mesmo. Estes direitos garantem que os titulares possam controlar e rever as suas informações pessoais.


Direito de eliminação:


O direito de eliminação garante aos titulares de dados o direito de exigir que os controladores de dados apaguem as suas informações pessoais quando eles assim o desejarem. No entanto, este direito não se aplica se os dados forem necessários para fins legais.


Direito de limitação do processamento:


O direito de limitação do processamento permite aos titulares de dados solicitar que os controladores de dados limitem os usos e o processamento dos seus dados pessoais. Esta limitação pode incluir, por exemplo, a proibição da divulgação de dados a terceiros.


Direito de transferência:


O direito de transferência garante aos titulares de dados o direito de receber os seus dados em um formato estruturado, comum e legível para máquina. O titular também tem o direito de solicitar a transferência dos seus dados para outro controlador.


Direito de recusa:


O direito de recusa garante aos titulares de dados o direito de recusar o processamento de seus dados, especialmente se os dados forem usados para fins comerciais. O controlador de dados não pode continuar a processar os dados se o titular recusar o processamento.


Qual é a responsabilidade do controlador de dados?


A Lei Geral de Proteção de Dados estabelece os direitos e obrigações dos controladores de dados, que são definidos como aqueles que “determinam as finalidades e meios de tratamento de dados pessoais”. A LGPD exige que os controladores de dados cumpram certos requisitos, a fim de garantir a proteção adequada dos dados pessoais dos titulares.
A responsabilidade dos controladores de dados na LGPD inclui a responsabilidade pelo consentimento do titular, responsabilidade de notificar o titular em caso de violação de dados, responsabilidade de implementar medidas de segurança adequadas para proteger os dados pessoais, e responsabilidade de arquivar os dados.


Responsabilidade pelo consentimento do titular:


Os controladores de dados são responsáveis por garantir que se obtenha o consentimento dos titulares antes de processar seus dados pessoais. De acordo com a LGPD, o consentimento deve ser livre, específico e informado. Isso significa que o titular deve saber quais informações estão sendo coletadas, como serão usadas e por quais finalidades. Além disso, ele deve ter a liberdade de fornecer ou não o consentimento.


Responsabilidade de notificar o titular em caso de violação de dados:


Em caso de violação de dados, é obrigação dos controladores de dados notificar o titular dos dados. De acordo com a LGPD, o controlador de dados tem um prazo de 72 horas para notificar o titular da violação de dados. A notificação deve incluir informações sobre o que aconteceu, quem está envolvido e como pode ser contatado.


Responsabilidade de implementar medidas de segurança:


Os controladores de dados também são responsáveis por assegurar que as medidas de segurança adequadas sejam implementadas para proteger os dados pessoais dos titulares. Isso inclui criptografar os dados, limitar o acesso aos dados, monitorar o uso dos dados e adotar outras medidas de segurança para garantir que os dados não sejam acessados, alterados ou excluídos indevidamente.


Responsabilidade de arquivar os dados:


São responsáveis por armazenar e arquivar os dados pessoais dos titulares de acordo com as exigências da LGPD. Isso significa que os controladores de dados devem manter registros de todas as operações de tratamento de dados realizadas, bem como registros de todos os consents obtidos pelos titulares. Além disso, os controladores de dados devem garantir que os dados sejam armazenados em ambientes seguros e que apenas pessoas autorizadas tenham acesso aos dados.


O que acontece se o controlador de dados não cumprir as exigências da LGPD?


A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que todas as empresas que tratem dados pessoais sejam responsabilizadas pelo cumprimento de suas obrigações e deveres previstos na lei. Caso o controlador de dados não cumpra as exigências da LGPD, este pode ser penalizado de acordo com as medidas estabelecidas na lei.
De acordo com a LGPD, as penalidades podem variar de advertências, multas e autuações. A autoridade reguladora da proteção de dados pessoais, a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) é responsável por aplicar as penalidades previstas na lei.
Advertências são a forma mais leve de punição, que podem ser emitidas caso o controlador de dados não corrija a violação às leis de proteção de dados ou repita a violação. As advertências são emitidas com um prazo para que a verificação seja feita, após esse prazo as empresas podem sofrer penalidades mais severas.
As multas previstas pela LGPD podem variar de 2% a 10% do faturamento da empresa abrangido pelo infrator ou o limite de R$ 50 milhões, o que for maior. As multas também podem ser aplicadas em casos de violações graves.
As autuações são emitidas em casos em que a multa não se aplica ou é considerada insuficiente. As autuações podem variar desde a suspensão do tratamento dos dados pessoais, bloqueio de dados, até a proibição de tratamento de dados. Além disso, também é possível a imposição de outras medidas previstas na lei.
Cumprir as exigências da LGPD é essencial para evitar as penalidades que podem ser aplicadas em caso de violação. A Lei Geral de Proteção de Dados representa um salto na proteção dos direitos dos titulares de dados e visa aumentar a segurança de dados pessoais. Por isso, ter em mente a responsabilidade de controlar e tratar os dados de forma correta é de extrema importância para evitar quaisquer penalidades.


LGPD e suas semelhanças com a GDPR


O Brasil aderiu à LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados – em agosto de 2020, mas os princípios e princípios aplicados são muito semelhantes às regulamentações da GDPR. Embora cada regulamentação esteja em vigor em áreas geográficas diferentes, ambas têm a mesma premissa: o proteger os direitos e a privacidade dos titulares de dados.
Os principais conceitos da LGPD são semelhantes às normas da GDPR. Por exemplo, a GDPR estabelece a responsabilidade de comportamento justo dos controladores de dados, assim como a LGPD. Além disso, os dois regulamentos definem conceitos como “consentimento” e “direitos dos titulares”.
Os objetivos e princípios da LGPD também são em grande parte os mesmos da GDPR. Por exemplo, entre os objetivos da LGPD estão a proteção de direitos fundamentais, como liberdade e segurança, e a prevenção de danos ao titular de dados. Esses objetivos são semelhantes aos especificados pela GDPR.
Da mesma forma, os princípios da LGPD são semelhantes às regulamentações da GDPR. A LGPD estabelece princípios como liceidade, lealdade, transparência e limitação do armazenamento de dados, que também são principais princípios da GDPR.
Assim, apesar de serem regulamentos diferentes, a LGPD e a GDPR compartilham muitos princípios e objetivos. Isso ajuda a garantir que esses regulamentos estejam em harmonia uns com os outros, ajudando a proteger a privacidade dos titulares de dados em todo o mundo.
Além disso, as regulamentações da LGPD e da GDPR também são totalmente compatíveis. Isso significa que as empresas que já cumpriram as exigências da GDPR não terão dificuldade em se adaptar às exigências da LGPD. Isso também significa que os titulares de dados brasileiros terão os mesmos direitos que os titulares de dados da UE.


Transferência de dados internacionais


A transferência de dados internacionais é um assunto importante para as empresas que operam em vários países e precisam compartilhar informações entre eles. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) inclui regras específicas sobre transferência de dados internacionais. Este artigo abordará os principais aspectos relacionados ao assunto.


O que é a transferência de dados?


A transferência de dados é a transferência de informações entre dois países. Esta transferência pode envolver qualquer tipo de informação, como dados pessoais, dados de localização, dados financeiros, etc. Para que a transferência seja realizada, é necessário que os países envolvidos tenham acordos de proteção de dados.


Quais países a LGPD se aplica?


A LGPD é aplicável em todos os países que adotaram o Marco de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR) ou que estejam em processo de implementação. Alguns países como Canadá, Austrália e Nova Zelândia também adotaram a LGPD.


Quais os requisitos para transferir dados?


Para transferir dados entre dois países, é necessário que o controlador de dados:

  • Verifique se o destinatário é um país que adotou o GDPR ou que estejam em processo de implementação.
  • Verifique se existem acordos internacionais de proteção de dados entre os dois países.
  • Verifique se o destinatário tem medidas de segurança adequadas para garantir a proteção dos dados.
  • Verifique se o destinatário respeita as regras da LGPD.
  • Verifique se existem processos para garantir que os dados não sejam usados para fins diferentes dos que estão sendo transferidos.
  • Verifique se os dados não serão usados para fins comerciais.
  • Verifique se o destinatário tem autorização legal para receber os dados.
  • Verifique se o destinatário tem políticas de proteção de dados adequadas.
  • Verifique se o destinatário tem processos para lidar com sindicâncias de dados e violações de segurança.
  • Verifique se o destinatário tem um mecanismo de aviso para notificar os titulares dos dados após uma violação de segurança.
    A LGPD exige que o controlador de dados monitore constantemente o destinatário para garantir que todos os requisitos sejam atendidos. Além disso, é necessário que o controlador de dados registre todas as informações sobre a transferência de dados.
    A transferência de dados internacionais é um assunto complexo. É importante que as empresas entendam as regras da LGPD e os requisitos para transferir dados internacionalmente. Cumprir com esses requisitos é essencial para garantir a segurança dos dados e o cumprimento da lei.

Retenção de dados


A retenção de dados é um dos elementos essenciais da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que visa garantir que os dados pessoais sejam processados de maneira segura e legal. De acordo com a LGPD, os titulares de dados têm o direito de exigir que os dados sejam armazenados adequadamente e por um período de tempo limitado.
A LGPD define que quem decide sobre o armazenamento de dados é o controlador de dados, ou seja, a parte responsável por realizar o tratamento de dados pessoais. O controlador de dados deve adotar os princípios de limitação de retenção, ou seja, armazenar os dados pelo menor período de tempo necessário para atingir o objetivo para o qual foram coletados.
Além disso, o controlador de dados deve estabelecer regras específicas sobre o período de retenção de dados. Essas regras devem ser seguidas no momento da coleta de dados e durante o processo de tratamento de dados. Por exemplo, se a intenção do controlador de dados é enviar um boletim informativo aos usuários, deve-se informar ao titular quanto tempo seus dados serão armazenados.
Os dados podem ser retidos por qualquer período de tempo, desde que atenda às necessidades legais e regulamentares aplicáveis ao tratamento de dados. Por exemplo, os controladores de dados podem definir regras que exigem que certos tipos de dados sejam armazenados por cinco anos após o término do contrato. No entanto, os controladores devem garantir que os dados sejam armazenados por um período de tempo razoável e não por mais tempo do que o necessário.
Um outro fator importante relacionado à retenção de dados é o seu armazenamento seguro. A LGPD exige que todos os dados pessoais sejam armazenados de forma lógica e segura, e que sejam protegidos contra acesso não autorizado. Para cumprir essa exigência, a LGPD estabeleceu determinadas medidas de segurança que devem ser adotadas pelo controlador de dados. Essas medidas incluem criptografia de dados, proteção contra ameaças cibernéticas e controles de acesso apropriados.
Além disso, os controladores de dados também devem informar os titulares sobre a retenção de dados e sobre como podem exercer seus direitos de acesso, retificação e eliminação de dados.
Portanto, a retenção de dados é uma obrigação importante para os controladores de dados sob a LGPD. O controlador de dados deve seguir os princípios estabelecidos na LGPD para garantir a retenção adequada e segura de dados pessoais. Além disso, o controlador de dados deve assegurar que os titulares dos dados sejam informados de seus direitos e responsabilidades.


Compliance


A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõe novas obrigações a todas as organizações que tratam dados pessoais. O compliance é essencial para garantir que as organizações cumpram as exigências da lei.
Compliance é o processo de cumprir as leis, regulamentos e outras diretrizes aplicáveis às atividades de uma organização. No contexto da LGPD, o compliance é o processo de garantir que a organização trate dados pessoais de acordo com os princípios da lei.
Como as empresas estão se preparando para a LGPD? As empresas estão adotando uma variedade de medidas para se preparar para a LGPD. Essas medidas incluem a criação de um grupo de trabalho LGPD, a realização de uma avaliação de impacto na proteção de dados (DPIA), a documentação de processos de tratamento de dados, a adoção de controles de segurança adequados para proteger dados, a formação de funcionários para garantir o respeito à LGPD e a avaliação de contratos com terceiros para garantir que eles atendam às exigências da LGPD.
O que é auditoria de compliance? A auditoria de compliance é uma prática que ajuda a garantir que uma organização esteja em conformidade com a LGPD. Uma auditoria de compliance inclui uma avaliação das políticas de tratamento de dados e outros processos relacionados, uma determinação de se os procedimentos estão sendo seguidos e uma verificação de se os controles de segurança estão sendo aplicados corretamente. Uma boa auditoria de compliance pode identificar possíveis problemas, bem como sugerir formas de aumentar a conformidade com a LGPD.
Além da auditoria de compliance, as organizações também devem estar atentas às alterações na LGPD e às novas diretrizes relacionadas à proteção de dados. Isso ajudará as empresas a evitar violações de dados e fornecer às pessoas a proteção de dados de que elas precisam.
Finalmente, é essencial que as organizações se envolvam no processo de compliance. A LGPD exige um alto nível de engajamento das organizações e é importante que elas estejam cientes de suas obrigações. Quanto mais cedo as organizações começarem a se preparar para a LGPD, melhor será para elas.


Conclusão


A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi implementada para proteger os direitos dos titulares de dados e garantir a segurança desses dados. Neste artigo, discutimos os direitos dos titulares de dados na LGPD, bem como a responsabilidade do controlador de dados de cumprir com as exigências da lei.
Destacamos os principais direitos dos titulares de dados, que incluem direito à informação, confirmação, acesso, retificação, eliminação, limitação do processamento, transferência e recusa. Esses direitos ajudam a garantir que os titulares de dados possam controlar seus próprios dados.
Além disso, o controlador de dados tem a responsabilidade de obter o consentimento dos titulares de dados, implementar medidas de segurança adequadas e notificar os titulares de dados em caso de violação de dados. Se o controlador de dados não cumprir as exigências da LGPD, ele pode ser multado ou autuado pelo órgão responsável.
Discutimos também as semelhanças entre a LGPD e a GDPR e o que é necessário para realizar transferências de dados internacionais. Investigamos o que é retenção de dados e qual é a responsabilidade dos controladores para implementar a compliance da LGPD.
A LGPD é extremamente importante para proteger os direitos dos titulares de dados e garantir a segurança de seus dados. A lei prepara as empresas para lidar com os desafios de proteção de dados, oferecendo uma série de direitos aos titulares de dados e responsabilidades aos controladores. É vital que todas as empresas se familiarizem com a lei e sejam conscientes de seus direitos e responsabilidades.